Regime de Competência – O que é? Como fazer?

Manter o controle financeiro assertivo do seu negócio é essencial para que a sua empresa cresça. Há muitas formas de se fazer isso. Além do regime de fluxo de caixa, muito popular entre os gestores brasileiros, há o regime de competência, um modelo de controle de contas muito prático. A seguir, saiba mais sobre este conceito e como adotá-lo!

O que é o Regime de Competência?

O regime de competência tem a ver com as condições financeiras de uma empresa no sentido de registrar todas as suas entradas e saídas de valores mensalmente. Desta forma, é uma importante ferramenta de controle das finanças da empresa. Permite tomar decisões mais acertadas, apesar de não ser o único regime existente para isso.

Qual o seu objetivo?

O gestor ou responsável, através deste regime, realiza o lançamento de despesas com base na data em que foram originados. Por exemplo, se um material for adquirido hoje, mesmo que seja pago posteriormente, o seu lançamento se dará na data da compra e não na de pagamento.

Em suma, permite o controle exato das despesas. É um método de organização financeira muito eficiente, tornando o seu controle mais claro, sendo o seu objetivo o desenvolvimento econômico, a tomada de decisão e o crescimento da organização.

Ele amplia as possibilidades da empresa e não é apenas um recurso burocrático. É mais uma ferramenta estratégica. Permite realizar diferentes tipos de previsões e criar diferentes tipos de relatórios sobre a situação financeira da empresa. Além disso, é possível através deste recurso, criar prevenções de orçamento.

Leia também: BPO Financeiro: como ele pode ajudar você e seu negócio?

Antes de adotar o Regime de Competência

Antes de adotar o Regime de Competência, é importante observar dois aspectos: registro de despesas e o de receitas.

• Registro de despesas: Registra-se imediatamente a saída de qualquer valor dos ativos da empresa.
• Registro de receitas: Registra-se os valores que adentram na empresa e que se tornam ativos dela.

As datas em que ocorrem os negócios devem ser consideradas neste processo, seja ao somar ou subtrair valores dos ativos da empresa e não necessariamente na data de seus pagamentos efetivos.

Regime de Competência x Regime de Fluxo de Caixa

O regime de fluxo de caixa é outro tipo de ferramenta de gestão financeira, que possui algumas diferenças em relação ao Regime de Competência. Vejamos algumas delas.

O regime de fluxo de caixa também oferece relatórios sobre os orçamentos financeiros da empresa. Contudo, não atua com base na data em que o negócio que gerará despesas ou receitas, mas considera os dias em que os pagamentos realmente ocorreram. Apenas quando os valores entram na conta é que são registrados na ferramenta, sejam despesas ou receitas.

No caso do regime de fluxo de caixa, nem sempre é fácil perceber o cenário da empresa e o contexto em que ela está inserida ou mesmo fazer previsões tão assertivas como permite o Regime de Competência. Às vezes pode dar a falsa impressão de falta de lucratividade.

Leia também: Planejamento financeiro na retomada: 6 dicas para preparar sua empresa

Vantagens e desvantagens

O Regime de Competência é, de fato, um pouco mais complexo que o regime de fluxo de caixa, mas há no mercado ferramentas digitais que podem ajudá-lo a utilizar este método.

Assim, o Regime de Competência permite realizar um melhor planejamento financeiro dos negócios, pois oferece uma visão geral sobre as operações, de suas entradas e saídas.

Aponta mais adequadamente a produtividade e a lucratividade da empresa. Para isso, deve-se conhecer bem como ocorre este recurso, já que ele é complexo e pode levar a erros quando não é bem parametrizado. Entre as desvantagens, pode-se citar a inconsciência sobre o valor que está presente no caixa e disponível para investimentos e pagamentos.

Há uma diferença entre os valores existentes e os que irão entrar no caixa. Isso porque os valores serão compensados nem sempre estão disponíveis no momento, e se não houver domínio sobre este sistema, podem ocorrer dívidas.