Opção tributária para médicos.

Entenda as vantagens e desvantagens da opção tributária de cada modalidade!

Para o médico empreendedor, a dúvida sobre opção tributária é comum e crucial para o sucesso financeiro na profissão. A medicina, sendo uma das atividades que permite a atuação sem a obrigatoriedade de abrir uma empresa, oferece diferentes caminhos tributários, e é essencial entender as implicações de cada um.

Médico como pessoa física: Simplicidade e foco na atividade profissional

Ao optar por atuar como pessoa física, o médico pode emitir recibos usando seu CPF e pagar o imposto de renda através do carnê-leão, utilizando o livro-caixa para registrar receitas e despesas. Esta modalidade é mais simples em termos de burocracia e pode ser vantajosa para aqueles que possuem uma estrutura de trabalho mais enxuta, sem a necessidade de contratar muitos funcionários ou alugar grandes espaços.

Despesas Dedutíveis: No entanto, as despesas que podem ser deduzidas como pessoa física são limitadas às que têm relação direta com a atividade profissional. Exemplos incluem aluguel, condomínio, pagamento de funcionários, energia elétrica, telefone, água e materiais aplicados no exercício da profissão. O imposto de renda é calculado sobre o rendimento líquido, ou seja, a diferença entre a receita total e as despesas dedutíveis. Além disso, o médico deve ficar atento às obrigações anuais como o registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) e o alvará de funcionamento da prefeitura.

Médico como pessoa jurídica: Expansão e potencial de crescimento

Por outro lado, ao decidir atuar como pessoa jurídica, o médico precisa abrir uma empresa, o que permite a emissão de notas fiscais utilizando o CNPJ. Essa modalidade pode ser vantajosa para aqueles que desejam expandir seus negócios, contratando mais funcionários, investindo em infraestrutura e oferecendo serviços para um maior número de pacientes ou para outras empresas.

Regimes de Tributação: A maioria das clínicas médicas opta pelo Regime de Tributação do Simples Nacional ou pelo Lucro Presumido. O Simples Nacional oferece simplicidade na apuração dos impostos, com alíquotas que variam conforme o faturamento da empresa e o valor pago com salários e Prolabore. É crucial verificar em qual Anexo a clínica se enquadra, pois o Anexo III geralmente oferece vantagens tributárias em comparação ao Anexo V, que é mais oneroso.

No Lucro Presumido, a tributação é de 11,33% sobre o faturamento, além do ISS (Imposto sobre Serviços), que deve ser pago à prefeitura do município onde a clínica está localizada. O ISS pode variar entre 2% e 5% do valor dos serviços, dependendo da cidade, e em alguns locais, como Belo Horizonte, pode ser cobrada uma taxa fixa anual. Esses custos precisam ser cuidadosamente calculados, pois, apesar de serem previsíveis, podem impactar significativamente a margem de lucro da empresa.

Comparação de cenários: Pessoa física vs. pessoa jurídica

Para decidir entre atuar como pessoa física ou jurídica, o médico precisa realizar uma análise detalhada de suas finanças. Um planejamento tributário é essencial para projetar rendimentos e despesas, e assim, entender qual opção proporcionará o melhor retorno financeiro. Por exemplo, em casos onde as despesas mensais são elevadas, pode ser mais vantajoso atuar sob o regime do Simples Nacional, que oferece alíquotas reduzidas para empresas que se enquadram nos critérios estabelecidos.

Autônomos e Empresas: Médicos que prestam serviços como autônomos para hospitais e clínicas podem se beneficiar ao abrir uma empresa, pois essa modalidade oferece maior flexibilidade e oportunidades de crescimento. Entretanto, é importante considerar todos os custos adicionais, como taxas de fiscalização, certificados digitais, contribuição sindical anual, e custos operacionais com funcionários e infraestrutura.

Por outro lado, quando um médico trabalha como autônomo para uma pessoa jurídica, ele deve estar ciente de que a empresa contratante reterá o imposto de renda na fonte, além de pagar a contribuição ao INSS, que pode chegar a 20% do valor dos serviços contratados. Esse cenário pode ser menos vantajoso, já que as empresas preferem contratar outras empresas para reduzir custos tributários, o que pode limitar as oportunidades para médicos que atuam como pessoa física.

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Planejamento e consultoria especializada: Passos fundamentais

Antes de tomar qualquer decisão, é altamente recomendável que o médico consulte um contador especializado em contabilidade para médicos. Este profissional poderá fornecer uma análise detalhada dos diferentes cenários possíveis, levando em consideração todas as variáveis financeiras, legais e operacionais.

A escolha da opção tributária é uma decisão estratégica que impacta diretamente na lucratividade e na eficiência tributária da prática médica. Com o suporte adequado e um planejamento tributário bem estruturado, é possível maximizar os benefícios permitidos pela legislação, garantindo que o médico exerça sua atividade de forma lucrativa e sustentável.

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